Ao ler a matéria – Cuidado, seu celular pode estar em uso sem que o juiz, você e sua tele saibam  no blog do jornalista Políbio Braga, do RS, a primeira coisa que me veio à cabeça foi a triste lembrança do ano de 2009, ano em que meu irmão Marcelo Cavalcante, ex-assessor da ex-governadora Yeda Crusius do RS, fora vítima de uma emboscada premeditada e teve a sua vida ceifada covardemente. Ao contrário da grande mídia gaúcha, a nossa família rapidamente passou a desconfiar e continua desconfiando da participação de inimigos de Yeda no planejado assassinato.

 

A “investigação”, logo no início e causando bastante estranheza, inclusive ignorando mentiras e contradições de suspeitos, visou e abraçou a improvável e fraca tese de suicídio, tese esta totalmente descabida e que acabou prevalecendo, já que o caso foi encerrado como suicídio. Dia 16 de fevereiro completam-se 5 anos da morte de Marcelo, mas até o presente momento nada aconteceu com os responsáveis pelo seu assassinato, nem tampouco com os responsáveis pelo fajuto e inventado desfecho.

 

A família Cavalcante sempre afirmou incisivamente que Marcelo era avesso a mensagens via internet e a manusear celular para envio de torpedos. Também foi dito pela “viúva-suspeita”, em entrevista à imprensa, que Marcelo não fazia uso de tais ferramentas. Diferente do que fora veiculado pela mídia gaúcha e pela polícia brasiliense, a Marcelinha, filha de Marcelo, jamais recebeu qualquer torpedo de seu pai, e que eu pude comprovar após eu conseguir cópia de parte do processo. Hoje, tenho na íntegra.

 

Uma coisa que intrigou bastante a minha família, principalmente, após o acesso que tivemos a parte do processo, foi o fato de continuarmos sendo ignorados tanto na Polícia Civil do DF quanto no Ministério Público do DF e apesar da nossa insistência em afirmar, de forma peremptória, que Marcelo não era o remetente dos 7 torpedos com teor suicidas enviados pelo seu celular, 3 mensagens no sábado e 4 no domingo. Ou seja, mensagens suicidas à prestação. Comportamento completamente atípico para um suicida.

 

Agora, que acabo de tomar conhecimento dessa maleta francesa com capacidade para falsificar torpedo e até mesmo fazer ligações sem deixar rastros, já que a pessoa que tiver acesso ao equipamento poderá disparar torpedos e fazer ligações com o número grampeado como se fosse dele, não seria impossível imaginar que o telefone de Marcelo pode ter sido vítima dessa máquina cruel.

 

Com a descoberta da maleta francesa, será que a Polícia Civil do DF e o Ministério Público do DF terão dignidade e coragem suficientes para admitir a possibilidade de que outra pessoa possa ter remetido os torpedos registrados no celular de Marcelo, como a minha família sempre defendeu?

 

 Não podemos esquecer que o ministro da Justiça, que tem a Polícia Federal sob o seu comando, à época da morte, é o atual governador do Rio Grande do Sul, o petista Tarso Genro, que acabou tendo a sua eleição facilitada no pleito de 2010 com a morte de Marcelo.

 

Tem um pensamento que diz: “Toda maquiagem sai, toda máscara cai e toda mentira se revela”.

 

A meu ver, a descoberta dessa maleta móvel, ainda que tardiamente, é suficiente para que a reabertura do processo da morte de Marcelo Cavalcante seja autorizada e feita urgentemente.

 

Marcos Cavalcante, irmão de Marcelo