De acordo com o site “SwissInfo.ch”, o Crédit Suisse Brasil foi escolhido pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para ser comissário mercantil da compra da empresa de telecomunicações Brasil Telecom pela concorrente Oi (ex-Telemar). O banco foi fiador do negócio. O banco já havia participado da compra da mineradora Inco, pela poderosa Vale, e colaborou na fusão de dois grandes sites de compra de produtos pela internet: o Submarino e a Americanas.com.Tem clientes de grande porte como as mineradoras MMX e Vale, a construtora Camargo Corrêa, a indústria de alimentos Perdigão e a indústria de celulose Suzano, além de diversas outras empresas e bancos.

 

Os problemas do Credit Suisse

 

Por três vezes, entre 2006 e 2008, o banco esteve nas páginas policiais. Em abril de 2008, foi preso o suíço Christian Peter Weiss, um alto funcionário do Credit Suisse. A Polícia Federal teria reunido documentos comprovando transações financeiras irregulares sem registro no Banco Central.

 

Em meio a uma farta documentação, os policiais encontraram cópias de matérias jornalísticas sobre a prisão de executivos em outras operações da Polícia Federal. Seria a terceira vez da prisão de um funcionário estrangeiro ligado ao banco. O esquema de remessa ilegal de dinheiro teria sido usado desde 1997 e em três anos teria provocado prejuízo à Receita Federal de R$ 1 bilhão.

 

As denúncias de irregularidades na gestão de recursos formam a única mancha na imagem construída pelo Crédit Suisse no Brasil nesses últimos anos. Foi preso o suíço Reto Buzzi, funcionário do Banco Clariden Leu, controlado pelo Crédit Suisse. Buzzi, que teve sua prisão decretada pela 6ª Vara Criminal Federal. O diretor internacional do Crédit Suisse, Peter Schaffner, foi detido pelos mesmos motivos no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo. Ele seria responsável por fazer contatos com empresários e doleiros brasileiros para negociar a remessa ilegal de recursos para a Suíça.